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05/Aug/2025

Projeções para safra brasileira de soja 2025/2026

Segundo a StoneX, a produção brasileira de soja na safra 2025/2026 foi estimada em 178,2 milhões de toneladas, alta de 5,6% em relação ao ciclo anterior 2024/2025. O avanço é atribuído à expansão da área plantada e à expectativa de maior produtividade média, com destaque para a recuperação do Rio Grande do Sul. A área cultivada deve crescer 2% na comparação anual. A produtividade média nacional foi projetada em nível superior ao da safra 2024/2025. Por outro lado, outros Estados estão apostando em um rendimento dentro da tendência histórica, mas abaixo do registrado no ciclo 2024/2025, pelo menos por enquanto. As exportações brasileiras de soja foram estimadas em 112 milhões de toneladas e o consumo doméstico em 63,5 milhões de toneladas. As questões geopolíticas e tarifárias podem beneficiar a soja brasileira, especialmente pelas possibilidades de atritos entre Estados Unidos e China.

A Céleres projeta crescimento de 2% na área cultivada com soja no Brasil na safra 2025/2026, para 48,604 milhões de hectares, o maior nível da série histórica. Com produtividade média estimada em 3.645 Kg por hectare (+0,5%), a produção nacional deve alcançar 177,2 milhões de toneladas, alta de 2,6% ante a safra anterior. As estimativas constam na primeira leitura da consultoria para o novo ciclo, divulgada nesta segunda-feira (04/08). Espera-se um avanço de 962 mil hectares frente ao ciclo anterior, com expansão em praticamente todas as regiões produtoras. Na Região Centro-Oeste, a área deve subir 2,0%, para 22,654 milhões de hectares, com destaque para Mato Grosso, que continua como principal Estado produtor, com 13,2 milhões de hectares estimados.

Em Goiás e Mato Grosso do Sul, a projeção é de 4,7 milhões de hectares para cada um. A Região Nordeste deve cultivar 4,978 milhões de hectares (+4,1%), com a Bahia concentrando a maior expansão regional. Maranhão e Piauí também devem ampliar a área em 4,5%, para 1,5 milhão e 1,2 milhão de hectares, respectivamente. A Região Norte segue em ritmo acelerado de crescimento, com aumento estimado de 4,9% na área, para 3,667 milhões de hectares. Para a Região Sul, a previsão é de estabilidade, com 13,7 milhões de hectares (+0,7%). No Rio Grande do Sul, a recuperação após perdas climáticas leva a uma expectativa de aumento de 8,5% na produtividade, para 2.891 Kg por hectare, e produção de 19,5 milhões de toneladas (+9,3%). Em Santa Catarina e Paraná, as áreas devem crescer 0,5% e 0,8%, respectivamente.

Na Região Sudeste, a área deve crescer 1,2%, para 3,655 milhões de hectares, com Minas Gerais respondendo por 2,3 milhões. Com a estimativa de recuperação de 12 sacas de 60 Kg por hectare em Mato Grosso, levemente acima da média histórica, nota-se uma saída de recursos no protagonismo no avanço de área de soja no Brasil. A produção nacional de soja deve atingir 177,2 milhões de toneladas, ante 172,8 milhões em 2024/2025. As Regiões Centro-Oeste e Sul seguem como maiores produtores, com 86,6 milhões e 43,9 milhões de toneladas, respectivamente. A Região Nordeste deve colher 19,2 milhões e a Região Norte, 13,0 milhões de toneladas. Somadas, essas duas regiões e parte do Centro-Oeste respondem por 55,6 milhões de toneladas, ou 31,4% da produção total do País.

Na análise de oferta e demanda, a Céleres destaca que a oferta e demanda evidenciam os desafios e oportunidades do mercado da soja para o próximo ano. A projeção é de exportações de 110 milhões de toneladas (+2%), esmagamento de 59 milhões (+2,1%) e estoque final em 10,4 milhões de toneladas, o que representa alta de 55,2% em relação ao ciclo anterior (6,7 milhões de toneladas). Com a relação estoque/consumo de 6%, a perspectiva para os preços ainda deve permanecer limitada para os patamares atuais em boa parte das regiões. As expectativas para margens de comercialização seguem limitadas no curto prazo, diante de investimentos mais restritos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.