04/Aug/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (1º/08). O vencimento novembro da oleaginosa, o mais líquido, terminou sem variação, em US$ 9,89 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 3,1%. O mercado chegou a ensaiar uma correção durante o dia, após ter recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado perda de 3,72% no período. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços durante o pregão. A ausência de compras chinesas da nova safra dos Estados Unidos, no entanto, levou o mercado a devolver os pequenos ganhos. O fato concreto é que a China segue praticando um vazio comercial raro para esta época do ano em relação à soja da nova safra norte-americana.

Para a StoneX, os estoques chineses elevados e a menor atratividade de preços podem levar a China a postergar ainda mais as compras do grão norte-americano. Os preços vêm demonstrando pouca força para subir devido a uma combinação de safra cheia nos Estados Unidos, ausência da China e manutenção das posições vendidas pelos fundos. Falar em soja a US$ 9,00 por bushel não era comum nos últimos anos. Isso mostra que a pressão é estrutural. O desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1,5%, foi outro fator baixista para as cotações. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.