31/Jul/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda e abaixo dos US$ 10,00 por bushel nesta quarta-feira (30/07). O mercado seguiu pressionado pela ausência de compras chinesas da nova safra dos Estados Unidos, que deve ser volumosa. A soja ainda pode ter mais desvantagens sem um acordo claro com a China e com vendas mínimas da nova safra. A boa condição geral das lavouras norte-americanas foi outro fator baixista para as cotações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 70% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente no dia 27 de julho, avanço ante os 68% da semana anterior. O vencimento novembro da oleaginosa caiu 13,75 cents (1,36%), e fechou a US$ 9,95 por bushel. Até agora, não há registros de compras chinesas de soja da temporada 2025/2026, ao contrário da média histórica de 28,6 milhões de toneladas contratadas nesse período. As negociações entre Estados Unidos e alguns de seus parceiros comerciais continuam no radar. O prazo de 1º de agosto, definido para a imposição de novas tarifas pelo governo norte-americano, se aproxima. Japão e União Europeia já fecharam acordos, mas alguns países, como a China, seguem em conversas.
Também pesou sobre os contratos o fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. Além disso, o mercado foi influenciado pela melhora da competitividade da soja e derivados da Argentina, após o governo ter reduzido os impostos de exportação (retenciones) de 33% para 26% para o grão e de 31% para 24,5% para o farelo e o óleo. O país já aparece como fornecedor pontual da China e deve ganhar espaço no mercado asiático, segundo análise do Commerzbank.