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28/Jul/2025

Futuros de soja recuam com fracas vendas dos EUA

Os contratos futuros da soja encerraram a sexta-feira (25/07) em baixa na Bolsa de Chicago, pressionados pela ausência da China nas compras da safra nova e por um ambiente de negócios extremamente limitado, típico do verão no Hemisfério Norte. O vencimento novembro recuou 3,25 centavos (0,32%) e fechou a US$ 10,21 por bushel. A atividade foi considerada "muito fraca" pela AgResource, que destacou a hesitação dos agentes em ampliar posições diante da falta de catalisadores de curto prazo. São os dias preguiçosos do verão, e poucos traders querem adicionar risco ao mercado. Com previsão de clima estável e sem estresse para as lavouras em agosto, o mercado já antecipa o potencial de produtividade elevado para soja nos Estados Unidos.

A ausência da China continua a ser um fator central para o viés baixista. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China segue com zero compromissos firmados da safra 2025/2026 norte-americana, contrastando com a média de 28,6 milhões de toneladas no período. A frustração aumentou após o USDA corrigir uma venda de milho que inicialmente havia sido atribuída à China e, depois, identificada como destinada à Coreia do Sul. Segundo fontes do mercado norte-americano, a China sequer tem solicitado ofertas de grãos dos Estados Unidos. Embora a expectativa seja de que a China retorne às compras nos próximos meses, operadores avaliam que o Brasil seguirá liderando os embarques no curto prazo. A alta do dólar ante o Real amplia a atratividade da soja brasileira no mercado internacional e, ao mesmo tempo, pressiona as cotações norte-americanas.

A fluidez das exportações brasileiras permanece tranquila e contribui para manter o viés negativo na Bolsa de Chicago. No lado da demanda, o relatório semanal de vendas externas divulgado pelo USDA no dia 24 de julho trouxe números abaixo do esperado. Foram reportadas 399,7 mil toneladas vendidas na semana encerrada em 17 de julho, somando-se as duas safras, enquanto as estimativas giravam a partir de 400 mil. O anúncio pontual de venda de 142,5 mil toneladas para o México na sexta-feira (25/07) não foi suficiente para sustentar os preços. O cenário climático nos Estados Unidos ainda mantém os traders cautelosos. Uma frente fria avança pela região central do país, separando temperaturas mais amenas ao norte do calor intenso no sul. Com as lavouras em estágio de formação de vagens e enchimento de grãos, qualquer mudança nas previsões pode gerar ajustes bruscos nas próximas sessões.