25/Jul/2025
No mercado interno de soja, os preços registram leve alta entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta quinta-feira (24/07). Em uma sessão de pouca volatilidade e liquidez limitada, o dólar fechou esta quinta-feira (24/07) praticamente estável ante o Real, com investidores evitando alterar posições antes que haja clareza sobre a cobrança de tarifa pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros e sobre a resposta a ser dada pelo Brasil. O dólar fechou com leve baixa de 0,05%, a R$ 5,52, no menor valor de fechamento desde os R$ 5,50 de 9 de julho, dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% para os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
O dólar oscilou em margens estreitas durante toda sessão, com os agentes à espera de novidades que pudessem justificar mudanças de posições. Mas, pelo menos no embate comercial entre Estados Unidos e Brasil, não houve avanços visíveis. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil está pronto para negociar com os Estados Unidos sobre a tarifa de 50%, caso o presidente norte-americano, Donald Trump, queira conversar. Sobre a possibilidade de reação do Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que um plano de contingência, com uma série de medidas, será apresentado ao presidente Lula na próxima semana. Segundo Haddad, mais de 10 mil empresas brasileiras serão afetadas pela tarifa de Trump.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (24/07), em movimento de recuperação técnica após três sessões consecutivas de perdas, apesar das vendas norte-americanas fracas e da persistente ausência da China. O vencimento novembro subiu 4,75 centavos (0,46%) e fechou a US$ 10,27 por bushel. Apesar das fracas de vendas, a soja encontrou suporte na valorização do óleo, impulsionado pelos ganhos do petróleo que sustentam a demanda por biocombustíveis.
O movimento técnico também foi favorecido por compras de oportunidade após as perdas acumuladas. A principal ausência no relatório semanal foi a da China, maior importadora mundial da oleaginosa. Segundo dados do USDA, o país asiático permanece com zero compromissos de compra da nova safra norte-americana, contrastando com a média histórica de 28,6 milhões de toneladas entre 2021-2023. A China sequer está consultando ofertas de soja e milho dos Estados Unidos. No complexo soja, o desempenho dos derivados também ficou aquém das expectativas.
No Paraná, na região de Guarapuava, a indicação está entre R$ 133,00 e R$ 135,00 por saca de 60 Kg FOB e entre R$ 139,00 e R$ 143,00 por saca de 60 Kg, para embarque imediato e pagamento em até 30 dias. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, há registro de negócios entre R$ 120,00 e R$ 121,00 por saca de 60 Kg, tanto no FOB quanto no CIF local, para entrega em até 72 horas e pagamento curto. Para os embarques da nova safra (2025/2026), os compradores indicam abaixo de US$ 19,50 por saca de 60 Kg.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.