23/Jul/2025
No mercado interno de soja, os preços ficaram praticamente estáveis, com leve baixa entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta terça-feira (22/07). O dólar oscilou em margens estreitas nesta terça-feira (22/07) e encerrou praticamente estável ante o Real, numa sessão de liquidez reduzida e agenda esvaziada, em que os investidores pouco se movimentaram à espera de novidades sobre o tarifaço dos Estados Unidos. O dólar fechou com leve alta de 0,04%, a R$ 5,56.
Tanto no Brasil quanto no exterior, os investidores aguardavam por novidades sobre as negociações dos Estados Unidos com seus parceiros comerciais, a pouco mais de uma semana do início da cobrança de tarifas sobre produtos de vários países, em 1º de agosto. A falta de novidades concretas nas negociações foi vista também no Brasil, em meio às dificuldades do governo Lula em negociar com os Estados Unidos. Com o cenário nebuloso à frente, os investidores pouco se movimentaram.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam próximos da estabilidade nesta terça-feira (22/07), em sessão marcada pela piora da qualidade das lavouras norte-americanas, mas limitada pela ausência de compras chinesas e pressão no óleo de soja. O vencimento novembro cedeu apenas 0,50 cent (0,05%) e fechou a US$ 10,25 por bushel. O complexo soja apresentou movimento divergente que ilustra as pressões cruzadas do mercado. O óleo de soja caiu, pressionado pelo recuo do petróleo que reduz incentivos para mistura de biodiesel. Em contrapartida, o farelo avançou. A ausência chinesa continua sendo o principal limitador dos ganhos.
Apesar da piora pontual, as condições das lavouras norte-americanas permanecem fortes no geral, com previsões não mostrando sinais de interrupção do clima benéfico para a maior parte do Meio Oeste. O risco climático foi praticamente eliminado. Agora, o foco é tarifas, fundos e geopolítica. O ambiente permanece fragilizado até sinalização concreta do governo norte-americano sobre as medidas previstas para agosto. Todos os olhos estão voltados para as negociações governamentais, que podem mudar a dinâmica do mercado a qualquer momento. O dólar em leve queda ante o Real ofereceu suporte limitado aos preços, evidenciando que os fundamentos comerciais superam fatores cambiais no momento atual.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam entre R$ 118,00 e R$ 119,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento até o fim de agosto. Para a safra 2025/2026, as indicações estão entre R$ 116,00 e R$ 117,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro/março e pagamento até o fim de abril. Em São Paulo, na região de Campinas, a indicação está em torno de R$ 141,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega até 20 dias e pagamento no início de setembro. Para safra 2025/2026, os compradores indicam R$ 135,00 por saca de 60 Kg CIF, para fevereiro e R$ 133,00 por saca de 60 Kg, para março, ambos com entrega na indústria e pagamento 30 dias após a entrega.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.