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22/Jul/2025

Futuros de soja recuam com as tensões comerciais

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (21/07), pressionados pela proximidade das tarifas dos Estados Unidos a partir de 1º de agosto e por realização de lucros após os ganhos da semana passada. O vencimento novembro cedeu 9,75 centavos (0,94%) e fechou a US$ 10,26 por bushel. O mercado intensificou as perdas durante a sessão, com a oleaginosa chegando a perder entre 13 e 14,50 pontos em determinados momentos. O complexo da soja foi arrastado pela baixa generalizada dos grãos, com milho recuando mais de 1%, farelo perdendo mais de 1,5% e óleo de soja também em queda. A ausência de compras chinesas da nova safra norte-americana continua pesando sobre as cotações.

Apesar de algumas vendas dos Estados Unidos para "destinos não revelados" na semana passada, oficialmente nenhuma tonelada foi comprada pela China. Dados da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) mostram importações de soja de 10,62 milhões de toneladas em junho, com a maior parte ainda vinda do Brasil. As perspectivas de acordo comercial entre Estados Unidos e principais parceiros se deterioraram com a proximidade do prazo final de julho. A partir de 1º de agosto, as tarifas de Donald Trump começam a valer para diversos países, incluindo a União Europeia, sem sinais concretos de negociação avançada. Fundos de investimento reverteram drasticamente posição na semana até 15 de julho, passando de posição comprada de 7.184 lotes para vendida de 17.192 lotes, segundo dados da CFTC.

A mudança reflete o pessimismo crescente dos especuladores com o cenário comercial. O volume de soja inspecionado para exportação nos Estados Unidos subiu 141% na semana encerrada em 17 de julho, para 364.990 toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O dado positivo foi parcialmente compensado pelo dólar em queda ante o Real, que tende a desestimular exportações brasileiras. Segundo a StoneX, não há muito otimismo do lado da oferta para a soja norte-americana, mas o foco tem se voltado para a demanda. Não há muito para ser otimista sobre o lado da oferta para a soja, mas mais foco está sendo direcionado para o lado da demanda. As previsões climáticas sinalizam um agosto mais úmido e não tão quente, reduzindo preocupações com estresse nas lavouras. Apesar do dólar mais fraco, os futuros não conseguiram aproveitar esse suporte tradicionalmente altista.