17/Jul/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (16/07), impulsionados por compras de oportunidade após três sessões consecutivas de baixa e por nova venda avulsa norte-americana. O vencimento novembro da oleaginosa avançou 18,75 cents (1,87%), e fechou a US$ 10,20 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores privados relataram vendas de 120 mil toneladas de soja para "destinos não revelados" no ano comercial 2025/2026. O termo é frequentemente associado a compradores chineses, embora não confirme necessariamente a origem da demanda.
É a primeira venda avulsa anunciada desde a venda de 219 mil toneladas para o México no dia 11 de julho. Os números de esmagamento recordes para junho ofereceram suporte adicional. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) reportou processamento de 5,05 milhões de toneladas no mês, alta de 5,8% ante junho de 2024, sinalizando demanda interna robusta. Os estoques de óleo de soja caíram para 619,61 mil toneladas, recuo de 15,8% na comparação anual. O acordo comercial firmado entre Estados Unidos e Indonésia também trouxe otimismo ao mercado.
O país asiático está entre os principais importadores de farelo de soja, e a expectativa é de que novos entendimentos sejam alcançados nos próximos dias com outros parceiros comerciais, reduzindo as tensões tarifárias. Limitando ganhos maiores, a Anec elevou sua projeção de embarques de soja do Brasil para julho, de 11,93 milhões para 12,19 milhões de toneladas, com base em line-up entre 11,2 milhões e 13,19 milhões de toneladas. No cenário macroeconômico, os mercados reagiram a relatos de que o presidente Donald Trump cogita demitir o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell. A incerteza política pressionou o dólar e elevou o ouro, com potencial impacto nas exportações brasileiras.