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01/Jul/2025

Preços da soja se mantêm praticamente estáveis

No mercado interno de soja, os preços fecharam praticamente estáveis, com leve baixa em algumas regiões entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta segunda-feira (30/06). O dólar apresentou queda firme na sessão desta segunda-feira (30/06), e fechou na casa de R$ 5,43, no menor nível desde setembro do ano passado. Após subir 27,34% em relação ao Real em 2024, o dólar termina o primeiro semestre com perdas de 12,07%. O dia foi marcado por nova rodada de enfraquecimento global da moeda norte-americana e pela queda das taxas dos Treasuries, em razão da percepção crescente de que aumentou o espaço para cortes de juros ainda neste ano pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que está sob ataque cerrado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Divisas emergentes também se beneficiaram da melhora do apetite ao risco com sinais de que os Estados Unidos podem fechar acordos comerciais com parceiros relevantes antes de 9 de julho, data que marcaria a volta das tarifas recíprocas anunciadas em 2 de abril, no chamado "Liberation Day". O dólar fechou em baixa de 0,89%, a R$ 5,43, o menor valor de fechamento desde 19 de setembro (R$ 5,42). A sessão foi marcada pela rolagem de posições no segmento futuro e pela disputa na formação da última taxa de Ptax não apenas de junho, mas também do segundo trimestre e do primeiro semestre, o que pode ter exacerbado os movimentos no mercado local.

O Banco Pine vê espaço para mais uma rodada de queda da taxa de câmbio. O dólar pode chegar a R$ 5,33 até meados de agosto. Dados recentes dos Estados Unidos reforçam a perspectiva de cortes de juros pelo Fed no segundo semestre. Há também um componente estrutural, que é a perda de apelo do dólar como reserva de em favor de commodities metálicas, em especial o ouro, desde o Liberation Day, que trouxe muita incerteza sobre a economia norte-americana. A apreciação do Real ao longo do primeiro semestre se deve fundamentalmente ao recuo global do dólar. Apesar do carry trade mais atrativo, com as altas da taxa Selic, não houve uma melhora do fluxo financeiro para o País. No curto prazo, pode haver continuidade dessa dinâmica de dólar mais fraco no mundo favorecendo o Real.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta segunda-feira (30/06), após os relatórios de área plantada e trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado foi influenciado em parte por uma estimativa de área plantada que veio abaixo do esperado. A área de soja foi estimada em 33,75 milhões de hectares, leve queda em relação à projeção do fim de março, de 33,79 milhões de hectares. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 2,25 cents (0,22%), e fechou a US$ 10,27 por bushel. Um movimento de recompra de posições vendidas também impulsionou os contratos. Embora os fundamentos sigam pressionando as cotações, com o clima amplamente favorável nos Estados Unidos e a oferta robusta da América do Sul, as perdas recentes tornaram o grão mais suscetível a um movimento de cobertura de posições. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, há registro de negócios a R$ 137,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega entre 15 de agosto e 15 de setembro e pagamento no fim de setembro e a R$ 140,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em setembro e pagamento em outubro. No FOB interior, há registro de negócios entre R$ 131,00 e R$ 132,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento no fim de julho e entre R$ 134,00 e R$ 136,00 por saca de 60 Kg, para retirada no fim de agosto e pagamento à vista. Em Mato Grosso do Sul, na região de Chapadão do Sul, os compradores indicam R$ 120,00 por saca de 60 Kg, para embarque em agosto e pagamento em setembro.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.