30/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (27/06). O mercado passou por correção após ter recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado perda de quase 5% no período. Um acordo entre Estados Unidos e China envolvendo a exportação de terras raras foi usado como justificativa para o movimento de alta, mas não há informações sobre algum possível compromisso de compra de soja norte-americana por parte do país asiático.
O vencimento novembro da oleaginosa subiu 8,25 cents (0,81%), e fechou a US$ 10,24 por bushel. Na semana passada, porém, recuou 3,39%. A depreciação do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. Isso, no entanto, não tem se traduzido em novas compras chinesas de soja dos Estados Unidos. Nos últimos meses, a China tem comprado o grão principalmente da América do Sul, e se mantido ausente do mercado norte-americano.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram uma venda avulsa de 119.746 toneladas de soja, mas para o México, com entrega prevista para o ano comercial 2025/2026. Na Argentina, o fim da redução temporária do imposto de exportação para a soja e derivados, a partir de 1º de julho, pode provocar uma desaceleração dos embarques. O país é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja.
Em janeiro, o governo diminuiu de 33% para 26% o imposto de exportação para a soja. Para os derivados, a alíquota passou de 31% para 24,5%. Apesar da alta de sexta-feira (27/06), condições climáticas favoráveis no Meio Oeste dos Estados Unidos e a ampla oferta global vêm prevalecendo sobre outros fatores e pressionando as cotações. Traders também aguardam o relatório de área plantada do USDA, que será divulgado nesta segunda-feira (30/06). De acordo com analistas, a área de soja deve ser estimada em 33,85 milhões de hectares, pouco acima da projeção de março, de 33,79 milhões de hectares.