27/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (26/06). O desempenho do farelo de soja, que recuou mais de 1%, pesou sobre os contratos. O derivado, por sua vez, foi pressionado pela notícia de que empresas chinesas vão realizar a primeira importação de farelo de soja da Argentina desde que o mercado do insumo foi aberto, em 2019. Segundo a Reuters, a indústria de ração da China já reservou 30 mil toneladas do farelo argentino para embarque em julho. Embora a China não seja um grande importador de farelo, a compra sinaliza uma aproximação entre o país asiático e fornecedores da América do Sul. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 2,00 cents (0,20%), e fechou a US$ 10,16 por bushel.
Condições climáticas favoráveis no Meio Oeste dos Estados Unidos seguem influenciando os negócios. De acordo com o Monitor da Seca, 12% da área de soja no país apresentava algum nível de estiagem na última semana, redução de 1% ante a semana anterior. O número, porém, ainda é superior aos 6% de um ano atrás. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do teto das estimativas do mercado e impediram uma queda mais expressiva das cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 402,9 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 19 de junho. O volume representa queda de 16% em relação à semana anterior, mas aumento de 83% ante a média das quatro semanas anteriores. Para 2025/2026, foram vendidas 156,2 mil toneladas.
A China, novamente, não apareceu entre os principais compradores. Exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 110 mil toneladas de soja para o Egito, com entrega prevista para o ano comercial 2024/2025. As perdas também foram limitadas pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Traders também ajustaram posições antes do relatório de área plantada do USDA, que será divulgado no dia 30 de junho. De acordo com analistas, a área de soja deve ser estimada em 33,85 milhões de hectares, pouco acima da projeção de março do USDA, de 33,79 milhões de hectares.