17/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam alta nesta segunda-feira (16/06). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 8%. O derivado, por sua vez, segue impulsionado pela proposta da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) para os volumes de mistura de biodiesel no país em 2026 e 2027, que veio acima do esperado. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.
O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 5,75 cents (0,55%), e fechou a US$ 10,60 por bushel. Além disso, a proposta da EPA atribui valores mais baixos aos créditos de mistura gerados por biocombustíveis importados ou produzidos com insumos importados. Isso torna menos atraente a produção de biodiesel a partir de óleo usado de cozinha importado e tende a estimular a demanda por óleo de soja dos Estados Unidos. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. A alta foi limitada pelo clima favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos.
Com o plantio praticamente concluído no país, traders devem se concentrar na condição das plantações. Por enquanto, a parcela da safra de soja em condição boa ou excelente está levemente abaixo da verificada em igual período do ano passado, mas o clima em boa parte do Meio Oeste tem sido favorável nos últimos dias. A ampla oferta do Brasil no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou na semana passada uma produção recorde de 169,9 milhões de toneladas no Brasil em 2024/2025.
O número representa aumento de 21,9 milhões de toneladas ante o ciclo 2023/2024. A estimativa também ficou acima da previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 169 milhões de toneladas. A fraca demanda externa pelo grão norte-americano também impediu uma alta mais expressiva das cotações. O USDA informou que 215.803 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 12 de junho, queda de 61,4% ante a semana anterior. A China, novamente, não apareceu entre os destinos.