ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Jun/2025

Biodiesel: descarbonização da mobilidade brasileira

Segundo o Conselho de Administração do Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCBrasi), a descarbonização da mobilidade brasileira passa pela ampliação do uso de biocombustíveis na frota atual e pela diversificação tecnológica nos próximos anos. foi feito um alerta para o crescimento da demanda por energia e combustíveis renováveis até 2040. O Brasil terá de praticamente dobrar a produção de biodiesel até 2040, além de expandir de forma significativa o uso do etanol nos veículos leves. A projeção é um crescimento da ordem de 85% na demanda por etanol, e o Brasil trabalha para isso. No caso do biodiesel, o Brasil tem total condição de gradualmente ir aumentando o percentual da mistura ao diesel. Hoje, a frota circulante brasileira é estimada em 48 milhões de veículos, sendo que 55% têm mais de 11 anos. São os grandes emissores de gases de efeito estufa e de poluentes. Por isso, o MBCBrasil defende políticas eficazes, efetivas, para a descarbonização dessa frota circulante, como o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina e campanhas de conscientização para ampliar o uso do etanol em carros flex.

Hoje ainda existe uma parcela importante da sociedade que tem carro flex e abastece inexplicavelmente com gasolina. O Brasil precisa atuar em dois vetores: primeiro, na descarbonização da frota existente; e segundo, no estímulo à adoção de novas tecnologias nos licenciamentos futuros. Se o Brasil fosse descarbonizar a partir de novos licenciamentos, seria um processo extremamente longo, ao passo que tem total condição de descarbonizar de forma rápida e efetiva a atual frota circulante. Entre as soluções para o transporte pesado, o biometano, o gás natural e o biodiesel são alternativas viáveis e competitivas. O biometano é um combustível extraordinário, que substitui o diesel em iguais condições de performance e desempenho. A expectativa é que a demanda por biometano fique entre 8 e 11 milhões de metros cúbicos por dia em 2040, dependendo do nível de adoção. O hidrogênio também aparece como aposta estratégica, mas com desenvolvimento mais adiante.

O hidrogênio é um combustível potencial interessante para a descarbonização da mobilidade, não apenas de leves, mas também de pesados. A produção de hidrogênio verde ainda é incipiente no Brasil, mas será necessário alcançar 400 mil toneladas por ano apenas para atender à mobilidade. O País também deve se preparar para a crescente demanda por eletricidade, impulsionada não apenas pela eletrificação dos veículos, mas também por transformações estruturais da economia. A geração de energia elétrica limpa no Brasil vai ter que crescer 61% até 2040. Digitalização, inteligência artificial, aumento populacional e industrialização são vetores de pressão sobre o sistema energético. Para tornar viável esse cenário, é preciso criar um programa perene de renovação de frota e políticas públicas voltadas à infraestrutura e ao incentivo à produção e distribuição dos novos combustíveis. O governo nacional precisa tirar de circulação veículos com 20, 25, 30 anos de vida e substituí-los por veículos novos, com maior eficiência energética e menor pegada de carbono. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.