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17/Jun/2025

Bunge-Viterra: China aprova fusão com restrições

A aprovação da China para o acordo de fusão entre Bunge e Viterra, anunciada na sexta-feira (13/07), ocorreu com condições restritivas pelo órgão antitruste chinês, de acordo com um comunicado publicado nesta segunda-feira (16/06). Para a Administração Estadual de Regulação do Mercado da China, a concentração das duas empresas pode excluir ou restringir a concorrência nos mercados de importação de soja, cevada e colza (canola) do país. Em diversas rodadas de negociação, a Administração avaliou a viabilidade e eficácia das contramedidas propostas.

No dia 6 de junho de 2025 as partes apresentaram um plano contendo compromissos que, segundo o órgão, mitigam os impactos negativos. Entre as condições impostas, o órgão chinês exige o cumprimento dos contratos existentes com clientes do país, a entrega de relatório trimestral com volumes de vendas aos clientes chineses e informar imediatamente em caso de escassez global, mantendo o compromisso de abastecimento. Além disso, a empresa deve garantir o fornecimento contínuo, estável, confiável e suficiente de soja, cevada e colza aos clientes chineses, sem recusa, limitação ou atraso injustificado, a preços justos, razoáveis e não discriminatórios.

A companhia também deve comprovar o cumprimento das condições por meio de relatório pelos próximos cinco anos, quando poderá solicitar o fim das medidas. Os negócios de Bunge e Viterra se sobrepõem em nove mercados: importação de soja, colza, milho, trigo, cevada, óleo de soja, farelo de soja, ervilhas e farelo de girassol. No caso da soja importada, o órgão chinês destacou que a concentração pode eliminar ou restringir a concorrência no mercado de soja importada na China, uma vez que aumentará para entre 20% e 25% o controle da Bunge combinada com a Viterra.

Além disso, a Bunge ampliará sua capacidade de armazenamento e exportação, tornando-se a maior exportadora nos três maiores países produtores de soja. A China, que depende de mais de 80% das importações de soja, apresenta baixa elasticidade de preço, reduzindo o poder de barganha dos compradores. O mercado tem alta barreira de entrada, com infraestrutura logística e portuária robusta exigida, e não houve novos entrantes significativos nos últimos cinco anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.