16/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta de mais de 2% na sexta-feira (13/06). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que terminou em forte alta, no limite de variação diária estabelecido pela bolsa. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 27,50 cents (2,68%), e fechou a US$ 10,54 por bushel. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pela proposta da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) para os volumes de mistura de biodiesel no país em 2026 e 2027, que veio acima do esperado. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.
As metas da EPA para a mistura de biodiesel foram elevadas além do esperado pelo mercado, com volumes propostos de 21,23 bilhões de litros em 2026 e 22,18 bilhões de litros em 2027. Além disso, a proposta da EPA atribui valores mais baixos aos créditos de mistura gerados por biocombustíveis importados ou produzidos com insumos importados. Isso torna menos atraente a produção de biodiesel a partir de óleo usado de cozinha importado e tende a estimular a demanda por óleo de soja dos Estados Unidos. O fortalecimento do petróleo também contribuiu para a alta do óleo de soja. A ampla oferta da América do Sul limitou os ganhos.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou na quinta uma produção recorde de 169,9 milhões de toneladas no Brasil em 2024/2025. O número representa aumento de 21,9 milhões de toneladas ante o ciclo 2023/2024. A estimativa também ficou acima da previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 169 milhões de toneladas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevou sua estimativa para a safra da Argentina de 50 milhões de toneladas para 50,3 milhões de toneladas. O USDA estimou uma produção menor, de 49 milhões de toneladas.