ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

16/Jun/2025

Biodiesel: EPA/EUA elevará mistura em 2026 e 2027

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) publicou na sexta-feira (13/06) sua proposta para o chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) para 2026 e 2027. O RFS estabelece os volumes de biocombustíveis que devem ser misturados a combustíveis fósseis a cada ano. Para 2026, o volume total de combustíveis renováveis foi fixado em 24,02 bilhões de galões (90,92 bilhões de litros), com 15 bilhões de galões (56,78 bilhões de litros) para combustíveis renováveis convencionais, como o etanol de milho, e 9,02 bilhões para biocombustíveis avançados, como biocombustíveis celulósicos e etanol de cana-de-açúcar, conforme destacou a Renewable Fuels Associations (RFA), comemorando a divulgação da proposta.

Para 2027, a exigência é de 24,46 bilhões de galões (92,58 bilhões de litros), também com 15 bilhões de combustível renovável convencional e 9,46 bilhões de biocombustíveis avançados. Para o biodiesel, as metas foram elevadas além do esperado pelo mercado, com volumes projetados de 5,61 bilhões de galões (21,23 bilhões de litros) em 2026 e 5,86 bilhões de galões (22,18 bilhões de litros) em 2027. Segundo a RFA, o documento publicado hoje propõe valores mais baixos para combustíveis importados, a fim de garantir a prioridade dos combustíveis renováveis produzidos nos Estados Unidos no âmbito do RFS. Esta proposta envia um sinal muito positivo e poderoso para os produtores de combustíveis renováveis e agricultores dos Estados Unidos.

Representa um excelente ponto de partida para as discussões sobre a obrigação de volume renovável de 2026 e 2027. De acordo com o documento da EPA, a redução das importações de combustíveis renováveis e combustíveis produzidos a partir de matérias-primas estrangeiras ocorre porque um galão de combustível renovável importado (ou produzido com insumos importados) geraria metade dos RINs (Renewable Identification Numbers, créditos digitais que comprovam o cumprimento das metas dos Estados Unidos) de um galão produzido nos Estados Unidos com matérias-primas nacionais.

As mudanças são uma resposta ao aumento expressivo das importações de biocombustíveis e matérias-primas nos últimos anos, e alinhadas com o objetivo legal de fortalecer a independência energética dos Estados Unidos. A secretária de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Brooke Rollins, afirmou que as metas maiores de volume são a proposta mais ousada já feita. Segundo ela, a medida proporcionará segurança para um mercado muito necessário aos nossos produtores, ao mesmo tempo em que reduz os preços nos postos para os consumidores, citando a importância do programa para os produtores norte-americanos de milho e soja. A EPA realizará uma consulta pública virtual sobre a proposta em 8 de julho e, se necessário, também em 9 de julho.

A trading Archer-Daniels-Midland (ADM), grande processadora de soja e produtora de biocombustíveis dos Estados Unidos, reduziu suas ofertas de compra da oleaginosa na semana passada, antes de um esperado anúncio sobre os requisitos de mistura de biocombustíveis, um dos principais impulsionadores da demanda por óleo de soja. Processadores como a ADM esperavam há meses a decisão da EPA sobre os requisitos de mistura, enquanto lutam contra a queda nas margens de esmagamento e os estoques abundantes de soja. Fontes: Broadcast Agro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.