12/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (11/06). Um acordo preliminar entre Estados Unidos e China deu algum suporte aos preços no início da sessão, mas esse fator foi ofuscado pelo clima favorável em regiões de cultivo dos Estados Unidos e pela ampla oferta do Brasil no mercado de exportação. O vencimento julho da oleaginosa recuou 7,25 cents (0,69%), e fechou a US$ 10,50 por bushel. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo com a China está concluído, sujeito à aprovação final do próprio republicano e do presidente chinês, Xi Jinping. Segundo Trump, os Estados Unidos terão um total de tarifas de 55%, enquanto a China terá uma de 10%, sem dar detalhes.
Os negociadores praticamente não fizeram acordos específicos e se limitaram a declarações de boa vontade, de modo que o mercado se concentrará na recuperação ou não da demanda chinesa por soja norte-americana. O entusiasmo entre traders pode ser limitado, a menos que surjam discussões sobre novas obrigações de compra de produtos agrícolas. As boas perspectivas para a safra norte-americana seguem pressionando as cotações. A safra já está semeada e não há muito incentivo para traders ficarem agressivamente comprados. Se o clima se mantiver benéfico, ralis serão limitados e os preços provavelmente recuarão nas próximas semanas.
Também pesou sobre os contratos a ampla oferta brasileira. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) afirmou que o Brasil deverá exportar 15,16 milhões de toneladas de soja em junho. Investidores também ajustaram posições antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira (12/06). A estimativa de produção de soja nos Estados Unidos será reduzida levemente, de 118,123 milhões de toneladas para 118,07 milhões de toneladas. A projeção para a safra do Brasil em 2024/2025 deverá ser aumentada de 169 milhões de toneladas para 169,2 milhões de toneladas. A previsão para a Argentina deverá ficar inalterada, em 49 milhões de toneladas.