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06/Jun/2025

Preço global da soja defasado considerando inflação

A SLC Agrícola afirmou nesta quinta-feira (05/06) que o preço internacional da soja está defasado quando considerado o efeito da inflação dos últimos anos. Mesmo com a cotação média do grão em cerca de US$ 10,00 por bushel, nível historicamente usado como referência de equilíbrio, esse valor tem poder de compra cerca de 20% menor do que há cinco anos. Ou seja, hoje US$ 10,00 por bushel são 20% menos do que eram antes. Os preços internacionais estão baixos. Apesar de um cenário positivo em produtividade e clima na safra 2024/2025, a rentabilidade do produtor exige atenção especial em relação à gestão de caixa, sobretudo diante da volatilidade dos custos e da oscilação cambial. O ano é bom, mas não é excepcional.

A produtividade compensa parte dos preços mais baixos, mas só vai sobreviver quem for eficiente. A evolução tecnológica do campo é o principal pilar de sustentação do agro brasileiro. O País produz mais com menos área. Dois terços do aumento global na produção de grãos nos últimos 50 anos vieram de produtividade. Só um terço veio da expansão de área. A oferta crescente tem contribuído para manter os preços dos alimentos mais acessíveis. O agronegócio brasileiro tem papel central na economia do País. De dentro da porteira, o agro representa 7% do PIB. Quando considera logística, indústria, tecnologia e serviços, passa de 25% do PIB e de 25% dos empregos. A SLC Agrícola prevê operar 830 mil hectares na próxima safra com soja, milho, algodão e integração lavoura-pecuária.

No primeiro trimestre de 2025, a companhia reportou receita líquida de R$ 1,257 bilhão, alta de 12,1% na comparação com igual período do ano passado. O desempenho foi impulsionado pela recuperação parcial dos preços do algodão e por maiores volumes de venda. O lucro líquido ajustado foi de R$ 510,7 milhões no trimestre, avanço de 123,1% ante o 1T24, e o Ebitda ajustado somou R$ 943 milhões, alta de 34%. A eficiência será ainda mais decisiva diante de uma demanda global crescente e de um ambiente cada vez mais competitivo. A produção artesanal de antigamente jamais permitiria a abundância atual. Daqui para frente, só fica no jogo quem investir em produtividade e tecnologia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.