03/Jun/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (02/06), refletindo o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou na sexta-feira (30/05) que a China violou "totalmente" o acordo alcançado, sugerindo que a China desrespeitou os termos da trégua comercial selada entre os dois países há mais de duas semanas. O Ministério do Comércio da China negou nesta segunda-feira (02/06) que o país tenha violado o acordo, afirmando que foram os Estados Unidos que adotaram medidas discriminatórias contra a China após as negociações em Genebra.
O vencimento julho da oleaginosa recuou 8,25 cents (0,79%), e fechou a US$ 10,33 por bushel. A entrada da soja brasileira no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. Para a safra 2024/2025 do Brasil, já colhida, a AgRural elevou sua estimativa de produção em 1,3 milhão de toneladas, para 169 milhões de toneladas. A exemplo do que já ocorreu em abril, a elevação foi motivada por ajustes finos que elevaram a produtividade em diversos Estados, compensando parcialmente a quebra de safra do Rio Grande do Sul.
O Brasil terá ampla oferta e será uma concorrência pesada nos próximos 90 dias. A melhora das condições climáticas na Argentina, que deve permitir um avanço mais rápido na reta final da colheita, contribuiu para a tendência negativa. O mercado também foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1%. O derivado vem sendo influenciado por incertezas quanto à demanda futura por biodiesel nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 268.343 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana encerrada em 29 de maio, aumento de 34,2% ante a semana anterior.