30/May/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quinta-feira (29/05). O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. A alta do farelo também deu algum suporte aos preços. O derivado foi impulsionado pelo excesso de chuvas em algumas áreas de cultivo da Argentina, que pode afetar o volume e a qualidade da safra no maior exportador mundial de farelo. O vencimento julho da oleaginosa ganhou 3,25 cents (0,31%), e fechou a US$ 10,51 por bushel. De modo geral, o mercado permanece morno e sem um gatilho definido para os preços. Os fundos reduziram posições compradas, e a soja anda de lado. O desempenho do óleo de soja, que caiu cerca de 1%, limitou os ganhos.
O derivado, por sua vez, acompanhou o recuo do petróleo e incertezas quanto à demanda futura por biodiesel nos Estados Unidos. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Além disso, um painel de três juízes do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos decidiu na quarta-feira (28/05) impedir o presidente Donald Trump de impor algumas de suas tarifas mais altas à China e a outros parceiros comerciais dos Estados Unidos. A Corte concluiu que o presidente norte-americano, sob a lei federal, excedeu sua capacidade de usar esse tipo de tarifa. A decisão pode resultar em maior entrada nos Estados Unidos de óleo de canola do Canadá e de óleo usado de cozinha da China e da União Europeia, o que também pressionou o óleo de soja. As condições favoráveis para o avanço do plantio nos Estados Unidos e a ampla oferta do Brasil também pesaram sobre os contratos.