29/May/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (28/05), após dados terem mostrado que o plantio nos Estados Unidos continua adiantado em relação ao ano passado e à média dos cinco anos anteriores. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores tinham semeado até o dia 25 de maio 76% da área total prevista, em comparação a 66% um ano antes e 68% na média. Em Illinois, o principal Estado produtor, os trabalhos estavam em 75%, à frente do ano passado (70%) mas em linha com a média de cinco anos.
O recuo da soja em grão também refletiu o desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1% com incertezas sobre a demanda futura por biodiesel nos Estados Unidos. O vencimento julho da oleaginosa perdeu 14,00 cents (1,32%), e fechou a US$ 10,48 por bushel. O mercado também foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar um volume médio de 14,03 milhões de toneladas de soja em maio.
A ausência de compras chinesas de soja norte-americana também vem pesando sobre os contratos. O USDA informou que 194.904 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 22 de maio, queda de 13,5% ante a semana anterior. A China, novamente, não figurou entre os destinos. As perdas foram limitadas pelo excesso de chuvas em algumas áreas de cultivo da Argentina, que pode atrapalhar os estágios finais da colheita e afetar tanto o volume quanto a qualidade da safra.