28/May/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (27/05). Os ganhos foram sustentados em parte pelo excesso de chuvas em algumas áreas de cultivo da Argentina, que pode atrapalhar os estágios finais da colheita e afetar tanto o volume quanto a qualidade da safra. O vencimento julho da oleaginosa ganhou 2,25 cents (0,21%), e fechou a US$ 10,62 por bushel. O site Soybean & Corn Advisor reduziu sua estimativa para a produção da Argentina de 50 milhões de toneladas para 48,5 milhões de toneladas, devido a alagamentos no norte da província de Buenos Aires.
O ajuste está relacionado às chuvas que caíram entre 14 e 19 de maio. Isso significa que as precipitações que castigam agora áreas de Buenos Aires, Santa Fé e Córdoba podem causar perdas adicionais, tanto nas lavouras em pé quanto de grão armazenado. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adiar até 9 de julho a imposição de uma tarifa de 50% contra a União Europeia também deu algum suporte aos preços.
Donald Trump anunciou a decisão no domingo (25/05). Na sexta-feira (23/05), ele tinha ameaçado adotar a taxa em 1º de junho. A União Europeia é um dos principais compradores de soja norte-americana. A fraca demanda pelo grão dos Estados Unidos limitou a alta. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 194.904 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 22 de maio, queda de 13,5% ante a semana anterior. A China, novamente, não figurou entre os destinos.