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27/May/2025

Prêmios da soja devem cair no Brasil no 2º semestre

Segundo o Itaú BBA, São Paulo, a reaproximação entre Estados Unidos e China deve fortalecer as cotações futuras da soja na Bolsa de Chicago e enfraquecer os prêmios do grão no Brasil, a partir de setembro, quando os norte-americanos se tornam competitivos na exportação. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve inalterada a produção brasileira para a safra 2024/2025 em 169 milhões de toneladas e estimou 175 milhões de toneladas para 2025/2026. A reaproximação entre Estados Unidos e China tende a fortalecer as cotações na Bolsa de Chicago e, por outro lado, enfraquecer os prêmios da soja no Brasil.

A possibilidade de volta dos norte-americanos ao mercado chinês, com a redução das tarifas, cria um ambiente mais competitivo para os prêmios brasileiros. Abril e a primeira quinzena de maio registraram valorização para os preços da soja na Bolsa de Chicago, com a ajuda do óleo e da redução das tarifas entre Estados Unidos e China. Após recuar em março, o preço da soja em abril voltou a subir, apesar da colheita recorde do Brasil e do início da colheita da safra na Argentina. A valorização foi apoiada pela alta do óleo de soja, que subiu 12,5% na Bolsa de Chicago, enquanto o grão teve valorização de 2,1%, para US$ 10,28 por bushel.

Durante a primeira quinzena de maio, o grão continuou subindo 1,5%, para US$ 10,44 bushel. A redução das tarifas entre Estados Unidos e China durante os próximos 90 dias foi determinante para a alta. Do lado norte-americano, as tarifas de importação de produtos chineses serão reduzidas de 145% para 30%, enquanto as tarifas do país asiático contra produtos dos Estados Unidos serão reduzidas de 125% para 10%, inclusive a soja. No mercado doméstico, apoiado pela valorização externa, o preço também aumentou em abril, mas em intensidade inferior ao da Bolsa de Chicago. Em Sorriso (MT), a soja subiu 1%, para R$ 110,00 por saca de 60 Kg, contando ainda com o apoio dos prêmios valorizados.

Na primeira metade de maio, apesar da alta na Bolsa de Chicago, em Sorriso o grão cedeu 1%, para R$ 109,00 por saca de 60 Kg, com a queda dos prêmios e a valorização do Real ante o dólar ajudando a pressionar as cotações. Entre o início de março e o fim de abril, os produtores brasileiros comercializaram cerca de 23 milhões de toneladas de soja, diante do vencimento dos compromissos financeiros, mas também com o incentivo dos prêmios valorizados. Com isso, o percentual de comercialização da safra 2024/2025 alcançou 57%, ainda abaixo da média de 5 anos, de 64%. Considerando uma safra de 170 milhões de toneladas, restam ainda pouco mais de 70 milhões de toneladas a serem comercializadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.