23/May/2025
Segundo a Louis Dreyfus Company (LDC), a volatilidade geopolítica tornou-se permanente no comércio global de commodities e exige do Brasil respostas estruturais. O País precisa diversificar mercados e acelerar investimentos em infraestrutura logística para reduzir riscos e manter competitividade. A magnitude do déficit chinês é estrutural, mas o País não pode depender exclusivamente desse fluxo. A China importa mais de 100 milhões de toneladas de soja por ano, equivalente a duas safras inteiras de Mato Grosso. Tensões como a guerra na Ucrânia e conflitos no Oriente Médio desorganizam os fundamentos de oferta e demanda, exigindo que tradings globais mantenham fluxos comerciais mesmo em cenários adversos.
A Caramuru Alimentos apontou riscos da concentração em poucos compradores. A empresa está ampliando presença em outros destinos asiáticos, como Bangladesh e Indonésia. A dependência excessiva de um comprador só é perigosa. A processadora, que esmaga 2,1 milhões de toneladas de soja por ano, exporta farelo proteico concentrado, produto de maior valor agregado usado na aquicultura, para a Noruega via Arco Norte, com redução de custos de 20% comparado à rota pelo Porto de Santos (SP). O Grupo Cereal destacou gargalos internos como limitadores das margens. Houve prêmios excelentes na safra por tensões externas, mas evaporaram na logística. Os produtores percorrem 350 Km para entregar grão porque não há armazém perto. Goiás possui apenas 40% da capacidade de armazenagem necessária para sua produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.