20/May/2025
No mercado interno de soja, os preços se mantiveram praticamente estáveis nesta segunda-feira (19/05). O dólar recuou ante o Real nesta segunda-feira (19/05) pela segunda sessão consecutiva, à medida que os investidores aproveitaram o pregão mais positivo para divisas de países emergentes no exterior e receberam bem comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O dólar fechou em baixa de 0,25%, a R $5,65. Os movimentos tiveram como pano de fundo as perdas generalizadas do dólar nos mercados globais, onde recuava frente a pares fortes, como o euro e o iene, e pares emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno. De forma geral, os investidores reagiam à decisão da agência Moody's na sexta-feira (16/05) de rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos, citando preocupações com o aumento da dívida do governo federal e dos juros. Com a mudança na recomendação de crédito, os agentes financeiros elevaram os prêmios de risco da maior economia do mundo, provocando ganhos nos rendimentos dos Treasuries e perdas do dólar, conforme investidores buscavam desfazer algumas de suas posições compradas nos ativos dos Estados Unidos. A divisa brasileira ainda foi sustentada por falas de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, que defendeu a manutenção da taxa de juros em patamar restritivo por um tempo mais prolongado do que o usual.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (19/05). O vencimento julho da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,07%), e fechou a 10,50 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu 1% após as fortes perdas das sessões anteriores. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. Esses fatores foram contrabalançados pela fraca demanda externa pelo grão norte-americano. Mas, a China não estava entre os destinos. Apesar da pausa de 90 dias nas tarifas entre China e Estados Unidos, não há sinal de retomada efetiva das compras chinesas nos Estados Unidos. A demanda segue concentrada em origens sul-americanas. Talvez volte ao mercado norte-americano apenas em setembro ou outubro, com soja nova. A expectativa de clima favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos nas próximas semanas foi outro fator baixista para as cotações.
No Paraná, na região de Ponta Grossa, a indicação de compra é de R$ 129,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em junho e pagamento no início de julho. Na exportação, os contratos CIF Porto de Paranaguá para agosto são indicados entre R$ 140,00 e R$ 141,00 por saca de 60 Kg, para pagamento em setembro. Para entregas mais curtas, em junho e julho, a indicação está entre R$ 135,00 e R$ 136,00 por saca de 60 Kg. Para a safra 2025/2026, a indicação de compra é de R$ 130,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em fevereiro/março e pagamento 30 dias após embarque. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a indicação é de R$ 118,00 por saca de 60 Kg FOB. Na região de Campo Grande, a indicação é de R$ 119,00 por saca de 60 Kg FOB. Em São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul, os preços estão na faixa de R$ 116,00 por saca de 60 Kg. Para a safra 2025/2026, a indicação é de R$ 121,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada entre fevereiro e março e pagamento em até 30 dias.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.