19/May/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em terreno negativo, mas perto da estabilidade na sexta-feira (16/05). O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que seguiu ampliando as perdas após a queda de quase 6% registrada na sessão anterior. O derivado caiu na quinta com especulações de que a demanda por biodiesel nos Estados Unidos pode não ser tão grande quanto se esperava. Há dúvidas sobre o volume obrigatório de mistura de biodiesel nos Estados Unidos, com indicações de que pode 17,6 bilhões de litros, abaixo dos 19,68 bilhões de litros que haviam sido propostos e esperados pelo mercado.
O vencimento julho da soja em grão cedeu 1,25 cent (0,12%), e fechou a US$ 10,50 por bushel. Na semana passada, ficou quase estável, com perda de 0,17%. Maiores estimativas de produção para o Brasil e a Argentina também pesaram sobre os negócios. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 168,34 milhões de toneladas no Brasil, aumento de 14% ante 2023/2024. Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projetou que o Brasil deverá embarcar 14,268 milhões de toneladas de soja em grão em maio.
Para a Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário elevou sua previsão de safra de 45,5 milhões de toneladas para 48,5 milhões de toneladas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de soja na Argentina alcançou na última semana 64,9% da área apta, avanço de 20% ante a semana anterior. A previsão de clima favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos também pressionou as cotações. Um padrão climático misto, com chuvas em áreas castigadas pela seca e tempo seco em regiões que já receberam grande volume de precipitação, deve beneficiar as lavouras recém-plantadas nos Estados Unidos.