16/May/2025
Segundo o Ministério da Agricultura, os preços de milho no mercado interno tendem a continuar em queda, enquanto a soja caminha para estabilidade. O mercado de milho está "estressado", aguardando a entrada da 2ª safra de 2205 e acompanhando as condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras. Há uma boa estimativa de produção que pode direcionar o comportamento dos preços de mercado. Os preços futuros do milho sinalizam para R$ 50,00 por saca de 60 Kg para 2ª safra de 2025 em Mato Grosso abaixo dos atuais R$ 55,00 por saca de 60 Kg visto em Lucas do Rio Verde (MT) e R$ 62,00 por saca de 60 Kg observado em Chapadão do Sul (MS). Em Ponta Grossa (PR), o cereal está cotado a R$ 70,00 por saca de 60 Kg em virtude do custo logístico reduzido e da facilidade de exportação pelo Porto de Paranaguá (PR).
Até agora, o Brasil exportou 7 milhões de toneladas das 36 milhões de toneladas previstas para este ano. O ritmo de embarques deve aumentar com a entrada da 2ª safra de milho de 2025. No mercado externo, a tendência também é de baixa de preços nos contratos futuros do cereal negociados na Bolsa de Chicago. As cotações internacionais do cereal são pressionadas pelo bom andamento da safra norte-americana, que deve crescer cerca de 30 milhões de toneladas com condições climáticas favoráveis. A comercialização de soja, por sua vez, também continua retraída no mercado interno. Atualmente, a oleaginosa é negociada a R$ 109,00 por saca de 60 Kg base Sorriso (MT) e a R$ 130,00 por saca de 60 Kg base Cascavel (PR).
Os preços estão próximos ao do ano passado e as exportações seguem em bom nível. O mercado sinaliza prêmio de +US$ 0,30 a +US$ 0,40 por bushel de soja posta no Porto de Paranaguá e + US$ 0,20 por bushel CIF Porto de Barcarena (PA). O mercado internacional acompanha a consolidação da safra brasileira em volumes recordes e aguarda a safra norte-americana, para a qual é esperada redução na produção da oleaginosa com agricultores preferindo o cultivo do milho. O aumento do preço do petróleo, que afeta o óleo de soja, pode dar sinalização ao preço do óleo de soja, além dos desdobramentos da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.