09/May/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (08/05). O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento julho do grão subiu 5,75 cents (0,55%), e fechou a US$ 10,45 por bushel. Os ganhos foram limitados por dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 376,7 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 1º de maio. O volume representa baixa de 12% ante a semana anterior, mas alta de 11% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 9,8 mil toneladas. O saldo de vendas, de 386,5 mil toneladas, ficou mais próximo do piso das estimativas de analistas, que iam de 300 mil a 600 mil toneladas.
A China não apareceu entre os principais compradores, o que adicionou pressão às cotações. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 225 mil toneladas de soja para o Paquistão, com entrega no ano comercial 2025/2026. Representantes dos Estados Unidos e da China vão se reunir neste fim de semana na Suíça, mas ainda há muitas incertezas quanto à possibilidade de negociações comerciais mais amplas entre os dois países. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que a reunião será "interessante" e que a potência asiática "quer muito" fazer negócio. Trump ressaltou que as tarifas sobre a China não podem ficar acima de 145%, mas podem diminuir.