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09/May/2025

Guerra comercial: impacto no basis da soja brasileira

Segundo a BrasilAgro, a escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China deve favorecer os exportadores brasileiros de soja ao contribuir para um movimento de valorização dos prêmios nos portos. A mudança já vinha sendo observada antes mesmo do acirramento das disputas, e pode se consolidar no segundo semestre. Já havia a percepção de que a nova administração norte-americana traria algum benefício para os prêmios brasileiros, ao complicar as relações comerciais com a China. Houve uma reversão importante nos prêmios entre março e abril, que passaram de negativos para positivos.

Os valores têm girado entre 40 e 70 pontos acima da Bolsa de Chicago, movimento que tende a se intensificar se o conflito comercial evoluir. Durante a guerra comercial de 2018-2019, o basis brasileiro chegou a superar 240 pontos, em um movimento excepcional que redirecionou parte da demanda chinesa para a América do Sul. Não se espera uma reedição daquele cenário, mas pode haver ganhos marginais consistentes.

Hoje o mercado é mais integrado, mas essas disputas ainda criam distorções que podem ser aproveitadas comercialmente. A BrasilAgro, que atua na produção e comercialização de grãos e fibras, afirmou que cerca de dois terços de sua receita está atrelada ao mercado externo. Para a soja da safra 2024/2025, 67% da produção estimada já está protegida via contratos futuros e câmbio. A companhia também antecipou parte das vendas da safra 2025/2026, com 20% da produção já fixada a um câmbio médio de R$ 6,30. O ambiente cambial atual também tende a favorecer os exportadores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.