08/May/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (07/05). O mercado foi influenciado em parte pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. De acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 12,6 milhões de toneladas de soja em maio. O desempenho do óleo de soja, que caiu cerca de 2%, também pesou sobre os contratos. O derivado acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento julho da soja em grão perdeu 2,00 cents (0,19%), e fechou a US$ 10,39 por bushel. O avanço no plantio nos Estados Unidos e a oferta robusta da América do Sul seguem no radar como fatores baixistas para o grão. Com o plantio correndo bem e o clima favorável nos Estados Unidos, não há hoje um fundamento forte para uma alta consistente. Esses fatores foram contrabalançados pelo otimismo em torno de possíveis negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, viajarão à Suíça nesta semana para se reunir com autoridades chinesas de alto escalão. A movimentação pode abrir caminho para negociações comerciais mais amplas entre os dois países, disseram analistas. Embora ainda haja ampla oferta de soja tanto nos Estados Unidos quanto no mundo, um eventual acordo comercial com a China poderia elevar significativamente a demanda pelo produto norte-americano.