06/May/2025

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nesta segunda-feira (05/05) sua primeira estimativa para a safra de soja 2025/2026 em Mato Grosso, projetando uma produção de 47,18 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 7,29% em comparação com o volume recorde esperado para o ciclo atual. A projeção considera uma expansão de 1,67% na área plantada, que deve atingir 13,01 milhões de hectares, mas com queda de 8,81% na produtividade, estimada em 60,45 sacas de 60 Kg por hectare. A cautela dos produtores quanto a investimentos mais robustos se deve ao aumento dos custos de produção, que apresentou alta de 3,75% até abril, em comparação com a safra 2024/2025.

Embora os preços da soja estejam mais elevados nesta temporada em relação à anterior, a margem líquida dos produtores (Lajida) ainda é menor, o que limita a capacidade de investimento no ciclo atual. Para a safra atual (2024/2025), o Imea consolida um resultado recorde, com produção de 50,89 milhões de toneladas, aumento de 30,33% em relação à temporada anterior. A área cultivada está estimada em 12,80 milhões de hectares, crescimento de 3,47% frente à safra passada, com produtividade média de 66,29 sacas de 60 Kg por hectare, avanço de 27,10% na comparação anual.

No que diz respeito à demanda, a exportação de soja do Estado na safra 2024/2025 está estimada em 31,06 milhões de toneladas, alta de 25,60% em comparação com o ciclo anterior, impulsionada principalmente pelo aumento da demanda chinesa. Para 2025/26, o instituto projeta uma redução de 3,96% nos embarques, para 29,83 milhões de toneladas. A previsão de esmagamento em Mato Grosso para 2024/2025 é de 12,93 milhões de toneladas, enquanto o consumo por outros Estados está projetado em 5,54 milhões de toneladas.

Para o próximo ciclo, o consumo interno deve crescer 1,08%, atingindo 13,07 milhões de toneladas, mas o consumo interestadual deve recuar 22,26%, para 4,54 milhões de toneladas. Os estoques finais da safra 2024/2025 estão estimados em 1,16 milhão de toneladas, mas devem cair para 0,91 milhão de toneladas no ciclo 2025/26, uma redução de 21,76%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.