25/Apr/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (24/04), com chuvas desfavoráveis em parte do Meio Oeste dos Estados Unidos. O plantio deve ser mais lento por causa de precipitações no sul e no oeste da região. O vencimento julho da oleaginosa avançou 11,75 cents (1,12%), e fechou a US$ 10,62 por bushel. Os ganhos foram sustentados também pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil deverá embarcar 14,31 milhões de toneladas de soja em abril.
O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 3%, ajudou a impulsionar os preços do grão. O menor otimismo de traders em relação a um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China impediu uma alta mais acentuada das cotações. Em meio às especulações sobre uma redução das tarifas de 145% para 50%/60%, a China exigiu a eliminação completa dessas tarifas, ao mesmo tempo em que negou que autoridades chinesas estivessem participando de negociações com o governo Trump. Depois, porém, o presidente Donald Trump disse que houve reuniões com a China na manhã desta quinta-feira (24/04).
O republicano não mencionou quem eram os representantes norte-americanos e chineses que teriam participado da conversa. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram abaixo do esperado e limitaram os ganhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 277 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 17 de abril. O volume representa queda de 50% ante a semana anterior e de 25% em relação à média das quatro semanas anteriores. A China não apareceu entre os compradores na semana. Analistas esperavam vendas totais de pelo menos 300 mil toneladas.