17/Apr/2025

Segundo projeção da Datagro, a China deve importar 8 milhões de toneladas de soja em abril. A maior parte do volume deverá ter origem no Brasil, diante da colheita ainda em curso no País, da limitação da oferta dos Estados Unidos e do agravamento das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. No início de abril, a China oficializou tarifas de 125% sobre todos os produtos norte-americanos em retaliação às taxas previamente anunciadas pelos Estados Unidos. Os norte-americanos foram responsáveis por 21% da soja importada pela China em 2024, o equivalente a 22,1 milhões de toneladas.

Com os novos entraves comerciais e o calendário agrícola desfavorável aos Estados Unidos, que ainda não iniciaram o plantio da safra 2025/2026, a soja brasileira tende a ganhar participação no mercado chinês neste momento de maior demanda. O Brasil foi origem de 71% da soja importada pela China no ano passado e, em contrapartida, destinou 73% de seus embarques do grão ao país asiático. Em março, o Brasil exportou 11,1 milhões de toneladas de soja à China, equivalente a 76% das exportações totais do mês (14,7 milhões de toneladas). Foi o maior volume embarcado para o mercado chinês em março na série histórica, e o segundo maior considerando todos os meses, atrás apenas de abril de 2021.

A Datagro estima uma produção brasileira de 169,1 milhões de toneladas na safra 2024/2025, com potencial exportador de até 107 milhões de toneladas. A colheita continua em andamento neste mês, ampliando a disponibilidade de soja no mercado internacional e favorecendo as origens sul-americanas. A projeção para o volume a ser importado pela China neste ano reflete a finalização da colheita recorde no Brasil, a histórica relação comercial com a China e a evolução do conflito comercial entre Estados Unidos e China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.