ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

16/Apr/2025

Futuros recuam com escalada da tensão comercial

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (15/04). O mercado foi pressionado por uma notícia da Bloomberg de que a China orientou suas companhias aéreas a não fazerem novos pedidos de aviões da Boeing. Para o mercado de soja, este é um sinal claro de que a China está elevando a tensão na guerra comercial com os Estados Unidos, o que pressiona as cotações. O vencimento julho da oleaginosa recuou 3,75 cents (0,36%), e fechou a US$ 10,46 por bushel. A queda acentuada nas importações chinesas de soja também pesou sobre os contratos.

A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) informou que o país importou 3,5 milhões de toneladas do grão em março, queda de 37% na comparação anual e o menor nível para o mês em 17 anos. No primeiro trimestre, as importações somaram 17,11 milhões de toneladas, recuo de 7,9% ante igual período do ano passado. Segundo o Commerzbank, agora que a oleaginosa dos Estados Unidos está sujeita a tarifas, a China pode estar aguardando a chegada de mais soja brasileira ao mercado.

Como houve atrasos na colheita no Brasil e, portanto, também nos embarques, e a soja dos Estados Unidos deixou de ser uma opção, as importações chinesas despencaram em março. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também influenciou os negócios. Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita no Brasil alcançava 88,3% até o dia 13 de abril, em comparação a 83,2% um ano antes. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o plantio de soja no país estava em 2% no dia 13 de abril, ante 3% um ano antes e 2% na média de cinco anos.