15/Apr/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (14/04). Traders embolsaram lucros após a valorização de 6% acumulada na semana passada. Os negócios também foram influenciados pela ampla oferta da América do Sul. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve suas estimativas para a produção do Brasil e da Argentina em 169 milhões e 49 milhões de toneladas, respectivamente. O vencimento julho da oleaginosa perdeu 2,75 cents (0,26%), e fechou a US$ 10,50 por bushel.

O mercado parece ter assimilado a ideia de que a escalada da disputa tarifária entre Estados Unidos e China torna inviável, na prática, as compras de soja norte-americana pelo país asiático. Essa queda na demanda, no entanto, pode resultar em uma área semeada nos Estados Unidos menor do que se esperava anteriormente, o que limitou as perdas. A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) informou que o país importou 17,11 milhões de toneladas de soja no primeiro trimestre deste ano, queda de 7,9% ante igual período de 2024.

A pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos Estados Unidos contra os outros países é outro fator de suporte para as cotações, já que o período deve ser suficiente para a negociação de acordos entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais. O USDA informou que 546.348 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 10 de abril, queda de 32,9% ante a semana anterior. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento elevaram suas apostas na queda dos preços da soja na semana até 8 de abril. A posição líquida vendida desses agentes subiu 642% no período, para 27.334 lotes.