15/Apr/2025

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a soja deve ocupar papel central na transição energética brasileira. A soja vai ser a ‘ponta de lança’ para o Brasil ser um grande produtor de biocombustíveis a partir de oleaginosas. O Brasil reúne condições para se tornar uma plataforma global de produção e exportação de biocombustíveis derivados de óleos vegetais, como o biodiesel, o diesel verde e o combustível sustentável de aviação (SAF). É o momento de os óleos vegetais ganharem esse espaço no mundo da energia e o Brasil se transformar numa plataforma de produção e exportação desses combustíveis a partir das oleaginosas. A soja tem características únicas, pois precisa obrigatoriamente ser processada para uso. Do grão, 80% viram farelo e 20%, óleo. Com a política do biodiesel, esse óleo passou a ser valorizado.

Agora, observa-se um fenômeno diferente, que é a energia pedindo mais óleo, e aí produzindo mais farelo para a alimentação animal e reduzindo o custo do farelo e gerando competitividade para a indústria de proteína animal. Embora o Brasil seja o maior produtor e exportador mundial de soja, há espaço para ampliar o processamento doméstico e diversificar a produção de oleaginosas, inclusive com 2ª safra. A indústria quer fomentar a canola, macaúba, camelina e até o caroço de algodão. O setor está 'em velocidade máxima' em direção à transição energética. Não é só o biodiesel. O combustível sustentável de aviação, o diesel verde e a descarbonização do setor marítimo também interessam enormemente. A Abiove pretende ser protagonista na promoção da chamada rota Heva, que envolve o hidrotratamento de óleos vegetais para produção de diesel verde e SAF. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.