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14/Apr/2025

Futuros sobem apesar das tensões entre EUA-China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (11/04), apesar da escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China. O vencimento julho da oleaginosa avançou 16,25 cents (1,57%), e fechou a US$ 10,53 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 6%. A China anunciou na sexta-feira (11/040 que vai elevar sua tarifa retaliatória sobre importações dos Estados Unidos, de 84% para 125% e sinalizou que não vai mais igualar eventuais novas elevações de tarifas pelos Estados Unidos, com o argumento de que produtos norte-americanos não são mais comercializáveis nos níveis atuais. Os ganhos da soja foram sustentados novamente pela pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos Estados Unidos para os outros parceiros comerciais.

Além disso, a União Europeia também pausou por 90 dias a adoção de medidas retaliatórias contra os Estados Unidos. O bloco é o segundo maior comprador de soja norte-americana. A expectativa de uma menor área plantada nos Estados Unidos também deu suporte aos preços. Traders acreditam que a redução da demanda decorrente da disputa entre Estados Unidos e China levará produtores norte-americanos a semearem uma área ainda menor do que se esperava anteriormente. No fim de março, o USDA projetou a área de soja em 33,79 milhões de hectares, redução de 4% ante a temporada anterior. Uma menor estimativa para a safra da Argentina foi outro fator altista para os preços.

A Bolsa de Comércio de Rosário cortou sua projeção em 1 milhão de toneladas, para 45,5 milhões de toneladas. A estimativa de área plantada foi reduzida de 18 milhões para 17,64 milhões de hectares. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita estava 2,6% concluída na última semana. Os trabalhos tinham atraso de 8% ante igual período do ano passado e de 4% em relação à média de cinco anos. A possível ampliação dos volumes obrigatórios de mistura de biodiesel e diesel renovável nos Estados Unidos contribuiu para os ganhos. O óleo de soja é a principal matéria-prima. Se os mandatos aumentarem, isso estimula o esmagamento interno e dá suporte para Bolsa de Chicago.