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10/Apr/2025

Futuros avançam após pausa nas tarifas dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago, que vinham operando sem tendência definida nesta quarta-feira (09/04), passaram a subir com força na última hora de pregão e fecharam em alta, após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas para todos os países com exceção da China. Trump afirmou que a tarifa recíproca será substancialmente menor durante esse período, de 10%, com vigência imediata. O dólar passou a cair ante o Real e o petróleo reverteu perdas após o anúncio, ajudando a impulsionar as cotações da oleaginosa. O vencimento maio avançou 20,00 cents (2,01%), e fechou a US$ 10,12 por bushel.

Para a China, porém, a tarifa foi elevada de 104% para 125%, após o país asiático ter aumentado a tarifa sobre produtos importados dos Estados Unidos de 34% para 84%. Embora a guerra comercial entre Estados Unidos e China esteja se intensificando, traders acreditam que a redução da demanda decorrente dessa disputa levará produtores norte-americanos a semear uma área ainda menor do que se esperava anteriormente. Isso vem dando suporte aos preços. No fim de março, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou a área de soja em 33,79 milhões de hectares, redução de 4% ante a temporada anterior. A disputa é vista como um fator que pode reduzir a área de soja.

As tensões comerciais também estão ofuscando o relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quinta-feira (10/04). De qualquer forma, analistas não esperam ajustes significativos em relação às estimativas de março. O farelo de soja subiu cerca de 1%, ajudando a impulsionar os preços do grão. Os ganhos do derivado foram sustentados pela paralisação das operações industriais da esmagadora de soja Vicentin, da Argentina. O país sul-americano é o maior exportador mundial de farelo. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 198 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025.