07/Apr/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda expressiva na sexta-feira (04/04), após a China ter anunciado tarifa retaliatória adicional de 34% sobre bens dos Estados Unidos. O país asiático já tinha aplicado em março tarifa retaliatória de 10% sobre a soja norte-americana. A medida mais recente é uma resposta à tarifa recíproca de 34% contra a China anunciada na quarta-feira (02/04) pelo presidente Donald Trump.
Preços mais baixos em resposta à China fazem sentido, já que a China ainda é o maior cliente dos Estados Unidos em soja. O vencimento maio da oleaginosa caiu 34,50 cents (3,41%), e fechou a US$ 9,77 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 4,50%. Segundo a Capital Economics, esta é uma resposta agressiva que torna altamente improvável um acordo de curto prazo para encerrar a guerra comercial entre as duas superpotências.
A China é um grande importador de soja dos Estados Unidos, e, embora suas compras geralmente sejam redirecionadas para o Brasil nesta época do ano, a demanda futura pode ser fortemente afetada. O forte avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) afirmou que o Brasil embarcou 16,096 milhões de toneladas de soja em março. O volume representa aumento de 18,8% em relação a igual mês de 2024 e estabeleceu novo recorde mensal para o produto.