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03/Apr/2025

Futuros de soja recuam antes das tarifas dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (02/04), em antecipação às tarifas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O impacto específico sobre a soja vai depender de retaliações. A China pode aumentar a tarifa ainda mais. Outros países importadores de soja, se forem retaliar, também podem impor tarifas, e isso é ruim para Bolsa de Chicago. No começo de março, a China já tinha aplicado tarifa de 10% sobre a soja norte-americana, em retaliação à taxação de bens chineses pelo governo dos Estados Unidos. O vencimento maio da oleaginosa recuou 4,75 cents (0,46%), e fechou a US$ 10,29 por bushel.

A ampla oferta brasileira no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil embarcou 16,096 milhões de toneladas de soja em março. O volume representa aumento de 18,8% em relação a igual mês de 2024 e estabeleceu novo recorde mensal para o produto. As perdas foram limitadas pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, refletiu a possibilidade de que os Estados Unidos imponham tarifas de 25% sobre bens canadenses, o que reduziria a entrada de óleo de canola do Canadá nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos são o principal importador mundial de óleo de canola, com 3,54 milhões de toneladas para o ciclo 2024/2025, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os dois óleos vegetais são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel. Além disso, uma coalizão das indústrias de petróleo e de biocombustíveis dos Estados Unidos se reuniu na terça-feira (1º/04) com a Agência de Proteção Ambiental (EPA) e pediu um aumento significativo na exigência anual de mistura de diesel renovável e biodiesel, segundo a Reuters. A coalizão quer um volume entre 20,82 bilhões e 21,76 bilhões de litros. Atualmente, a exigência é de 12,68 bilhões de litros.