28/Mar/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (27/03). O desempenho do óleo de soja, que subiu quase 4%, impulsionou as cotações do grão. O derivado, por sua vez, avançou com a expectativa de maior demanda por biodiesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. De acordo com a Reuters, as indústrias de petróleo e de biocombustíveis dos Estados Unidos teriam concordado, em princípio, em solicitar que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) aumente significativamente a exigência anual de mistura de diesel renovável e biodiesel, dos atuais 12,68 bilhões de litros para um possível intervalo entre 17,98 bilhões e 20,82 bilhões de litros.
O vencimento maio da oleaginosa subiu 15,75 cents (1,57%), e fechou a US$ 10,16 por bushel. A expectativa de uma menor área plantada nos Estados Unidos também deu suporte aos preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica na próxima segunda-feira (31/03) seu relatório de intenção de plantio, e analistas acreditam que a área de soja será estimada em 33,90 milhões de hectares, ante 35,23 milhões de hectares no ano passado. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do piso das estimativas do mercado.
O USDA informou que exportadores do país venderam 338,5 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 20 de março. O volume representa recuo de 4% ante a semana anterior e de 28% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, os cancelamentos superaram as vendas em 21,9 mil toneladas. Considerando as duas safras, as vendas líquidas ficaram em 316,6 mil toneladas. A ampla oferta brasileira pesou sobre as cotações. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil deverá embarcar entre 15 milhões e 16,12 milhões de toneladas de soja em março.