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24/Mar/2025

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (21/03). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 15 milhões e 16,13 milhões de toneladas de soja em março. O vencimento maio da oleaginosa perdeu 3,25 cents (0,32%), e fechou a 10,09 por bushel. Na semana passada, recuou 0,62%. O desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1%, também pesou sobre os contratos.

O derivado passou por realização de lucros após ter subido em quatro das cinco sessões anteriores e acumulado ganho de 3,46% no período. A guerra tarifária entre Estados Unidos e alguns de seus principais parceiros comerciais também segue influenciando os negócios. Segundo o Citi, a implementação de tarifas contra parceiros como Canadá, México e União Europeia teria impacto significativo sobre os estoques de soja mantidos por agricultores nos Estados Unidos. Além disso, o governo de Donald Trump está considerando a cobrança de taxas portuárias de US$ 1 milhão a navios operados por chineses e de US$ 1,5 milhão a navios construídos na China.

Segundo a Federação Agrícola Americana (AFBF), isso elevaria as taxas de frete e reduziria a competitividade das exportações norte-americanas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu em 1 milhão de toneladas sua estimativa para a produção de soja na Argentina na safra 2024/2025, para 48,6 milhões de toneladas. As altas temperaturas e o déficit hídrico prolongado afetaram principalmente o nordeste da Argentina, reduzindo o potencial produtivo em 22%. Apesar do corte, a estimativa ainda é bem maior que a da Bolsa de Comércio de Rosário, de 46,5 milhões de toneladas.