21/Mar/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quinta-feira (20/03). Os ganhos foram sustentados pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da oleaginosa subiu 4,75 cents (0,47%), e fechou a US$ 10,13 por bushel. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação limitou a alta.
De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 15 milhões e 16,13 milhões de toneladas de soja em março. Se confirmado o limite superior da projeção, o volume representará aumento de 19% em comparação com março de 2024, quando foram exportados 13,55 milhões de toneladas. A guerra tarifária entre os Estados Unidos e alguns de seus principais parceiros comerciais também segue pesando sobre os contratos.
Segundo o Citi, a implementação de tarifas contra parceiros como o Canadá, o México e a União Europeia teria impacto significativo sobre os estoques de soja mantidos por agricultores nos Estados Unidos. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram abaixo do esperado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 352,6 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 13 de março. O volume representa queda de 53% ante a semana anterior e de 29% em relação à média das quatro semanas anteriores.