20/Mar/2025

Segundo dados do Projeto Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), da Aprosoja-MS, a colheita da safra de soja 2024/2025 em Mato Grosso do Sul alcançou 75,8% da área total até o dia 14 de março. O ritmo está 5,2% abaixo da média dos últimos cinco anos e 3,5% inferior ao registrado na safra passada (2023/2024), quando 81% da área já havia sido colhida na mesma data. A região sul lidera o avanço dos trabalhos, com 80,1% da área colhida, enquanto a região centro registra 73,9% e a norte, 61,4%. No total, cerca de 3,4 milhões de hectares já foram colhidos. Aproximadamente 2,2 milhões de hectares foram afetados pelo estresse hídrico, o que representa 50% da área total do Estado.

Entre dezembro e janeiro, houve uma redução drástica nas precipitações, especialmente em janeiro, um mês determinante para a cultura da soja no Estado, pois geralmente concentra o período de enchimento de grãos. As regiões norte, nordeste e oeste apresentam condições majoritariamente boas, variando de 71,7% a 85,9%, com condições regulares entre 8,6% e 22,1%, e condições ruins de até 14,2%. Por outro lado, as regiões sudeste, centro, sudoeste, sul-fronteira e sul mostram um cenário menos favorável, com até 48,1% das lavouras em condições ruins, 18,6% a 46,1% em condições regulares e apenas 19,5% a 52,2% em boas condições.

Nos últimos sete dias, o Estado registrou precipitações em todo o território, com acumulados variando até 78 milímetros. As chuvas ocorreram de forma esparsa, com algumas áreas recebendo chuvas fortes, enquanto outras tiveram apenas precipitações leves. Esse padrão de chuvas atrasou a operação de colheita. Entre 14 de fevereiro e 14 de março, foi colhido 47,1% da safra de soja, abaixo dos 79% esperados para o período, conforme a fenologia da planta. A estimativa para a safra 2024/2025 aponta crescimento de 6,8% na área plantada em relação ao ciclo anterior, atingindo 4,501 milhões de hectares. A produtividade média esperada é de 51,7 sacas por hectare, com projeção de produção total de 13,977 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.