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18/Mar/2025

Futuros de soja encerram praticamente estáveis

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (17/03). O vencimento maio da oleaginosa cedeu 0,50 cent (0,05%), e fechou a US$ 10,15 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo rápido avanço da colheita no Brasil e pela entrada da soja brasileira no mercado de exportação. Levantamento da AgRural mostrou que 70% da área cultivada no País estava colhida até o dia 13 de março, em comparação com 61% uma semana antes e 63% um ano atrás. O índice de 70% é o mais alto para meados de março da série histórica da AgRural, puxado pelo avanço acelerado do Norte/Nordeste.

Traders continuam atentos à guerra tarifária entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais. A China implementou na semana passada tarifas sobre grãos norte-americanos, enquanto a União Europeia anunciou tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos. Além disso, os Estados Unidos ameaçam impor em 2 de abril tarifa de 25% contra produtos do México e Canadá, além de tarifas recíprocas. A incerteza sobre os fluxos globais de grãos a partir de 2 de abril limita novas compras na Bolsa de Chicago. Dados que mostraram menor esmagamento nos Estados Unidos também pesaram sobre os contratos. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) afirmou que a indústria norte-americana processou 4,84 milhões de toneladas de soja em fevereiro.

O volume ficou abaixo do registrado no mês anterior, de 5,45 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos diminuiu 24,2% na semana encerrada em 13 de março, para 646.667 toneladas. Esses fatores foram contrabalançados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, foi outro fator de suporte. O óleo de soja, que subiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.