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17/Mar/2025

Futuros de soja sobem com recuo do dólar ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (14/03). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 15 milhões e 15,899 milhões de toneladas de soja em março. O vencimento maio ganhou 5,25 cents (0,52%), e fechou a US$ 10,16 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,88%.

O fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também deu suporte aos preços. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 20 mil toneladas de óleo de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025.

A retaliação da China e da União Europeia às tarifas impostas pelos Estados Unidos limitou a alta. A China implementou na semana passada uma tarifa de 10% sobre a soja norte-americana. A União Europeia anunciou tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos, no mesmo dia em que passou a valer a taxação de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos norte-americanos. As tarifas da União Europeia abrangem produtos agropecuários como carnes, lácteos, soja e trigo.

China e União Europeia estão entre os principais importadores de soja dos Estados Unidos. O mercado foi influenciado também por discrepâncias nas estimativas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires e da Bolsa de Comércio de Rosário para a safra da Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires manteve sua estimativa de produção em 49,6 milhões de toneladas. Já a Bolsa de Rosário reduziu sua projeção, de 47,5 milhões de toneladas para 46,5 milhões de toneladas.