14/Mar/2025

A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) rechaça de forma veemente a tentativa de grandes distribuidoras de combustíveis de suspender a mistura obrigatória de biodiesel no Brasil por 90 dias. O pedido foi encaminhado à Agência Nacional de Petróleo (ANP) pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). Qualquer mobilização ardil e pouco transparente para eliminar as energias renováveis do País deve ser entendida como uma afronta ao Congresso Nacional, responsável aprovar de forma unânime a Lei do Combustível do Futuro, assim como ao governo federal que foi o criador da Política Nacional do Biodiesel.

Tanto a Frente Parlamentar do Biodiesel como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estão organizadas e dispostas para uma dura reação política a essa medida descabida do setor de distribuição. A iniciativa das distribuidoras seria contra o governo brasileiro, o Congresso Nacional, a população e a transição energética. A FPA ressalta que, caso o pedido seja acatado, o Brasil contará com 10 milhões de toneladas de soja não esmagadas, o que representa 8 milhões de toneladas a menos de farelo de soja no mercado, elevando a inflação e o preço das carnes.

É um ataque à soberania nacional, uma vez que é esta a política que garante à cadeia da soja e proteínas a participação de 25,8% na pauta de exportações; a garantia de 16 milhões de empregos diretos e indiretos desde indústria até agricultura familiar; a competitividade da agropecuária em nível global e a redução das emissões de gases do efeito estufa, entre tantos outros benefícios à população. Segundo a FPBio, causa estranheza que medida similar não seja proposta para o setor de etanol, tendo em vista que as fraudes na mistura da gasolina são as mesmas ou até maiores. Eventual liberação da mistura do etanol seria igualmente injusta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.