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13/Mar/2025

Futuros pressionados pela ampla oferta do Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (12/03). A entrada da soja brasileira no mercado de exportação pressionou as cotações da oleaginosa. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), O Brasil deverá embarcar entre 15 milhões e 15,899 milhões de toneladas de soja em março. O vencimento maio recuou 10,75 cents (1,06%), e fechou a US$ 10,00 por bushel. A retaliação da China, da União Europeia e do Canadá às tarifas impostas pelos Estados Unidos também pesou sobre os contratos.

A China implementou nesta semana uma tarifa de 10% sobre a soja norte-americana. Nesta época do ano, o país asiático já costuma favorecer a soja do Brasil, e a tarifa sobre o grão norte-americano pode intensificar esse movimento. A União Europeia anunciou nesta quarta-feira (12/03) tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos, no mesmo dia em que passou a valer a taxação de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos norte-americanos. As tarifas da União Europeia abrangem produtos agropecuários como carnes, lácteos, soja e trigo.

O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), publicado na terça-feira (11/03), foi considerado neutro para a soja. A estimativa para a produção de soja no Brasil foi mantida em 169 milhões de toneladas. A previsão para a safra da Argentina foi mantida em 49 milhões de toneladas. Traders aguardam agora os relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o USDA publica no fim deste mês. A expectativa é de uma redução na área de soja em relação ao ano passado.