12/Mar/2025
A crescente produção de soja em Rondônia enfrenta sérios desafios logísticos, como demonstra a situação no pátio do Posto Mirian, em Candeias do Jamari. Centenas de caminhões carregados com grãos aguardam dias para descarregar na estação de transbordo de carga da Cargill em Porto Velho, evidenciando a falta de infraestrutura para atender a demanda do setor. A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Rondônia (Aprosoja-RO) alerta para a necessidade urgente de investimentos em logística, com a participação dos governos estadual e federal, além da iniciativa privada.
A entidade critica a disparidade entre o crescimento da produção e a estagnação da infraestrutura. Apesar da capacidade da ETC da Cargill, o volume de soja proveniente de Rondônia e do oeste de Mato Grosso sobrecarrega o sistema. Com a área plantada em expansão e a previsão de aumento na produção, o problema tende a se agravar caso não haja investimentos em infraestrutura. Além da falta de capacidade de escoamento, os produtores enfrentam outros obstáculos, como a Moratória da Soja, que restringe a compra de grãos provenientes de áreas desmatadas.
Segundo a Aprosoja-RO, a Moratória da Soja, resultado de acordos comerciais com o mercado europeu, prejudica os produtores e o desenvolvimento de alguns municípios. Outros gargalos do setor são: armazenamento; regularização fundiária; e mão de obra qualificada. A situação em Rondônia ilustra a necessidade de uma agenda pública que priorize a infraestrutura logística para o agronegócio, garantindo o escoamento da produção e o desenvolvimento do setor. Fonte: Agrimídia. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.