11/Mar/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (10/03). O mercado foi influenciado por preocupações com a entrada em vigor da tarifa chinesa de 10% sobre a soja dos Estados Unidos. A medida é uma retaliação à tarifa de 20% imposta a produtos chineses pelo governo de Donald Trump. Nesta época do ano, a China já costuma favorecer a soja do Brasil, e a tarifa sobre o grão norte-americano pode intensificar esse movimento. O vencimento maio da oleaginosa recuou 11,00 cents (1,07%), e fechou a US$ 10,14 por bushel. A ampla oferta do Brasil também ajudou a pressionar as cotações da oleaginosa.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta que o Brasil deverá embarcar 14,798 milhões de toneladas de soja em março, aumento de 9,2% ante igual mês de 2024 e de 54,4% em relação a fevereiro. Além disso, a colheita no Brasil se acelerou nas últimas semanas. De acordo com a AgRural, os trabalhos atingiram no dia 6 de março 61% da área cultivada, em comparação com 50% na semana anterior e 55% em igual período do ano passado. A soja também foi pressionada pelo desempenho do óleo de soja, que recuou mais de 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.
Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos passaram a apostar na queda dos preços de soja na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 4 de março. A posição líquida desses agentes passou de comprada em 23.714 lotes para vendida em 24.525 lotes. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta segunda-feira (10/03) que 844.218 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americano na semana até 6 de março, aumento de 20,61% ante a semana anterior. O USDA também informou que exportadores relataram venda de 195 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025.